quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O sorriso que foge !

Hoje vou sorrir, mas sorrir de coração, não sorrirei de forma profissional.

Como muitos outros traços visíveis em nós... o sorriso é algo que pressupõe um estado de alma alegre.

Pergunto-me se na vida sorrio mais de coração ou se sorrio mais de forma profissional.

Este é um balanceamento que não quero fazer, pois desprezo o resultado mais provável, ou seja, a vitória do sorriso profissional.

Durante a vida buscamos bem-estar, buscamos paz interior...

As boas sensações são aquelas que se regem pela verdade, pelo que realmente sentimos e não aquelas que forçamos e queremos que sejam boas...

Nós não as escolhemos! Apenas as sentimos!

O sorriso do coração foge-nos sempre que o queremos obter através da razão.

O sorriso profissional existe para que nos mascaremos durante episódios da vida, no entanto deveríamos cancelar alguns dos episódios do sorriso profissional para que não tornássemos a nossa vida numa novela infinita com 90 % de ficção e 10 % de verdade.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Saudade - Sentimento Triste ou Não tão triste?

Há quem diga que a saudade é algo português, algo muito nosso...

A saudade é sentir falta de algo, é sentir-se vazio de alguma forma, é sentir-se melancólico sem a luz de algo ou alguém.

O sentimento de saudade como qualquer outro tem vários níveis, tanto na intensidade como na forma; mas responde sempre ao mesmo pressuposto... o sentir amor a algo ou alguém; pois só sentimos falta do que gostamos.

Saudade é das mais belas palavras portuguesas que, no entanto, descreve algo triste.

Não nos devemos esquecer que o pressuposto da saudade foi algo bom, ou seja, o sentir amor por algo ou alguém.

Concluíndo: A saudade só existe porque algo de bom invadiu os nossos sentimentos.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Paixão - Preço Low-cost na viagem para a infância/adolescência

Muitas vezes ouço dizer "Quem me dera ser criança outra vez."

Quantos de nós não vivemos com nostalgia a nossa infância, quantos de nós por vezes não adormecemos a recordar aquele fabuloso tempo de meninos.

Pois hoje ainda é possível viajar para reviver alguns dos mágicos momentos da nossa infância e adolescência.

A verdade é que existe um veículo low-cost que nos oferece toda aquela emoção de ser verdinho outra vez; esse veículo chama-se Paixão.

A Paixão é talvez uma vertente extremista do Amor, mas ela existe a espaços na vida de todos nós (ex: o Benfica é uma paixão e acreditem que sobre o dominio dessa paixão sou um puto outra vez).

Se soubermos aproveitar as nossas paixões na vida (e por consequência sermos pequenitos outra vez) , seremos de certeza um pouquinho mais felizes. Claro está, que por vezes é dificil assumir algumas... quanto mais vive-las!

Não devemos resistir muito ao assalto das nossas paixões, pois se elas existem é porque têm sentido e razão de ser. Temos o dever de respeitar a nossa própria natureza e não sermos subjugados pela crítica barata do bem parecer.

Concluíndo : As Paixões estarão sempre presentes em todos os seres humanos; cabe-nos aceitá-las e embarcar na boleia que nada custa (low-cost) para revivermos o melhor da vida.
Se gostámos de ser crianças, foi porque ainda tínhamos poucas marcas da sociedade preconceituosa... crescer pode doer mas devemos recordar-nos que a vida nos dá sinais (paixões) de que tudo pode ser diferente para melhor.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

A Centopeia

Há dias vi uma centopeia de pernas para o ar... ela debatia-se arduamente movimentando aquelas cem pernas numa tentativa inútil de se mover.

É fácil perceber que o bichinho mesmo com as cem pernas por vezes pode ficar privado de caminhar.

Encontrei neste exemplo, o retrato da nossa liberdade... ou seja:

Apesar de termos as ferramentas para conseguirmos a tal liberdade; nunca iremos usá-las na sua plenitude, pois um dia também estaremos como a centopeia, de pernas para o ar incapazes de alterar seja o que for.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Conformado mas nunca convecido!

Jesus Zárate (escritor Colombiano já falecido) escreveu no seu único livro publicado (A Prisão), que Sócrates (o filósofo grego claro) nos tempos de hoje não passaria de um mero bom locutor de rádio... na melhor das hipoteses!

Interessante afirmar-se isto de um dos grandes pensadores do nosso Mundo, no entanto esta constatação de Zárate demonstra uma sagacidade impressionante; vejamos:

Sócrates era o chamado filósofo de viva-voz, ou seja, não escrevia as suas teorias, apenas as discursava para quem queria ouvir.
Dizia-se que os Atenienses não sabiam ler; assim sendo o veiculo de sapiência mais comum e mais poderoso seria com certeza o discurso.
Este homem influenciou o pensamento da Humanidade até aos dias de hoje.

Então mas porque é que o tal Zárate afirmou no seu livro que ele hoje não passaria de um mero locutor?

Tudo se reporta ao facto de Sócrates ter vivido num contexto em que lhe foi permitido fazer chegar as suas ideias de forma massificada pois tanto temporalmente como geograficamente se encontrava no lugar certo à hora certa.
Nos dias de hoje não basta convocar tertúlias e divagar sobre a vida, é preciso abandonar uma pazada de tabús e ultrapassar uma série de obstáculos para nos fazermos expressar (até tecnológicos, eu por exemplo tenho de me expressar num blog pois poucos seriam os que tinham paciência para me ouvir).
Claro está que não me refiro a pressões externas, pois o próprio Sócrates pagou a factura por falar o que pensava.

Concluíndo...

Hoje temos um monstro entre nós que nos domina, esse monstro é apenas e só a actual conjuntura social que temos.
Comemos junk food mas também somos escravos da junk philosophy.
Nem tudo foi inventado; era bom que pudéssemos ser mais corajosos, que pudéssemos sonhar um pouco mais e que não nos contentássemos com o mediano.
Era bom que buscássemos algo mais sem ter medo do já estipulado ou já convencionado.

Quantos Sócrates passarão despercebidos no nosso tempo?

Para que conste, usei Socrátes mas podia usar qualquer outro pensador como exemplo.
A teoria não se baseia na pessoa mas no exemplo factual de hoje em dia quase não se conseguir apresentar um Eu 100% real ou verdadeiro.

Nos últimos tempos sinto-me Conformado pois sei que mesmo que me ouçam e partilhem das minhas ideias; a verdade é que não haverá tomates para as pôr em práctica na vida real. (incluo-me também nos sem-tomates)

Por isso digo : Conformado mas nunca convencido!!!